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Web Rádio "SAUDADE SERTANEJA, transmitindo de Bauru/SP, Sob Direção Geral de Tião Camargo

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fernanda e Jaqueline "As Caipiras"

Dupla As Caipiras

A vocação para a música começou cedo para as irmãs Fernanda e Jaqueline... Por incentivo do pai, cantor e compositor que gravou 3 LPs no inicio da década de 1980, estabeleceram desde a infância laços com a música sertaneja.

Os pais Randal e Romilda, foram os responsáveis pela formação da dupla, e juntos sonharam com uma carreira de sucesso para as filhas. Iniciaria então a busca pela inserção no cenário artístico sertanejo, uma dupla do interior de Minas Gerais. Residindo na comunidade rural da Tenda dos Morenos, e vivendo da plantação de tomate – dura realidade de quem vive na roça - as chances de realizar o sonho de gravar um CD eram poucas. Mesmo com a aceitação da dupla feminina nas apresentações em festas populares da região, gravar um CD parecia coisa impossível, na época.

Um objetivo...

O sonho estava em primeiro plano na vida da família, porém as necessidades básicas deveriam ser primeiramente supridas. Mas o talento e o prazer de cantar falavam mais alto. Foram muitas as apresentações da dupla em sua região, sobretudo nas festas típicas e rurais como as festas juninas, folias de reis, rodeios, entre outras.

Tais eventos proporcionaram à dupla novas experiências e acima de tudo confiança no que sabiam fazer muito bem. Na cidade se apresentaram em bares e casas de shows com os pais. Participaram também de um festival em 2005 de uma rádio em Uberlândia obtendo a segunda colocação.

E assim, foram construindo uma carreira artística que desembocou na realização do sonho: O primeiro CD produzido por Tiago Carvalho em São Paulo em 2008, com a ajuda do atual empresário da dupla, Dione Lopes. Buscando agradar todos os gostos, gêneros e idades, o interior das gerais lança no mundo artístico da música sertaneja a mais nova dupla feminina: As Caipiras. Saiba mais…

Neste vídeo, Fernanda e Jaqueline "As Caipiras", cantam "Barco de Papel" de Randal e Reinaldo Queiroz, uma das mais belas músicas gravadas pelo Trio Parada Dura. As duas são filhas do Randal.

Meninas, não precisam cantar e gravar somente música Sertaneja Raiz, Caipira, mas não se esqueçam da gente; ajudem-nos a preservar nossa verdadeira Música Sertaneja, nossa Música Caipira, a música dos Paulistas.

Tião Camargo

Tião Carreiro e Pardinho ou Peão Carreiro e Pardinho

TIO_CA~1 PEO_CA~1 Pardinho


78 RPM
(1961) Sertanejo PTJ-10.231-a
Artista(s):
Tião Carreiro e Pardinho
Fonogramas:
1. Prece de Amor
    (Sebastião Victor / Pardinho)
    Guarânia
2. Mundo Véio Sem Porteira
    (Teddy Vieira / Lourival dos Santos / Zé Carreiro)
    Pagode

Meus caro colaboradores e visitantes, estou postando esse disco gravado 1m 1961 em 78 rpm. Em diversos site, inclusive www.memoriamusical.com.br, como sendo Tião Carreiro e Pardinho, mas o disco saiu, na época, como sendo Peão Carreiro e Pardinho, dizem que foi erro de grafia, mas para mim foi o Peão mesmo quem gravou. Baixe e ouçam para podermos, com a ajuda de vocês, sanar de vez essa dúvida. Preste atenção na música "Prece de Amor"; a voz é do Peão Carreiro, principalmente quando canta sozinho.

DOWNLOAD

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Peão Carreiro e Zé Paulo (1986) Os Diplomatas



OS DIPLOMATAS (1986) 1º Disco da Dupla




Postado por Gibacan no blog http://amantesdaviola.blogspot.com/


A1 - Mão da Noite (Peão Carreiro - Zé Paulo)

A2 - Amor Vadio (Peão Carreiro - Zé Paulo)

A3 - Porta do Mundo (Peão Carreiro - Zé Paulo)

A4 - Rabo de Saia (Peão Carreiro - Zé Paulo)

A5 - Funeral do Amor (Zé Bettio - Wilson Roncatti)

A6 - Berrante da Saudade (Peão Carreiro - J. dos Santos)

B1 - Chá de Cama (Peão Carreiro - Zé Paulo)

B2 - Amor de Todo Jeito (Peão Carreiro - Zé Paulo)

B3 - Uma Vez Por Semana (Peão Carreiro - Franco)

B4 - Nosso Pecado (Peão Carreiro - Zé Paulo)

B5 - Festa de Bravos (Peão Carreiro - Zé Paulo)

B6 - Falando Com Deus (Peão Carreiro - Benedito Seviero)
Manoel Nunes Pereira, o Peão Carreiro, nasceu em São José do Rio Preto–SP, no dia 06/09/1932 e faleceu no dia 13/05/1999, em Londrina-PR, onde está sepultado, no Cemitério da Saudade.

Diversos biógrafos afirmam que Peão Carreiro é Paranaense, informação não confirmada, apesar de se saber que ele viveu bastante tempo no Interior do Estado do Paraná.
Zé Paulo, nome artístico de Luiz Scatampulo, nasceu no dia 28 de janeiro de 1943 em Cambé-PR. Zé Paulo gravou um LP com Pimentel em 1983. Em 1984 formou dupla com "Peão Carreiro e gravaram 5 LPs. Zé Paulo, também formou dupla com o Tinoco, em 1995 e gravou com ele um CD pela Gravadora Transcontinental. Reside atualmente em Maringá-PR, aposentado da carreira artística, conforme informações dos meus amigos Ramón Peres e do Compositor Cândido de Londrina/PR.



A Dupla "Peão Carreiro e Zé Paulo" se formou no ano de 1984, ocasião na qual o Peão Carreiro já vinha de uma bem sucedida carreira de Compositor e Intérprete, desde 1957, tendo formado Duplas com diversos outros parceiros, incluindo Mulatinho, Praense (de 1978 a 1984) e Paraíso.
A Dupla "Peão Carreiro e Zé Paulo", porém, se desfez em 1993, pouco antes de completar 10 anos de carreira.

domingo, 24 de outubro de 2010

Tibagi e Niltinho (1969)

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CRÉDITO: WLATER QUEDEROLI, o Mocotó de Santo André

Obrigado, Mocotó!

Silveira e Silveirinha (1973) ) Xerife Fantasma

Capa
Capa Site
Selo Face A - Sem Editar
Selo Face B - Sem Editar
Contracapa
Crédito: Paulo Lucio/Quelinho
Postagem original do site www.baudolongplaying.com
Nivaldo Pedro da Silveira, o Silveira - Uberaba, MG-1934 – São Paulo, 1999
Agenor Pedro da Silveira, o Silveirinha - Uberaba, MG-1929 - São Paulo, SP-1993
Silveira iniciou sua carreira artística no início dos anos 1950, quando formou dupla com Abílio Barra, o Barrinha. Gravaram o primeiro disco em março de1955 pela Continental. A dupla trabalhou na Rádio Nacional de São Paulo, apresentados pelos compositores Arlindo Pinto e Anacleto Rosas Jr., no programa de Nhô Zé.
A dupla separou-se em 1964, depois de mais de 10 anos de sucessos, deixando gravados cerca de 39 discos 78 rpm, 10 LPs e sete compactos. Nivaldo Pedro da Silveira convidou então seu irmão Agenor para formarem a dupla Silveira e Silveirinha.
Silveira e Barrinha, por outro lado, juntaram novamente suas vozes e o relançamento da dupla se deu num circo na cidade de Dracena-SP, atendendo aos apelos de seus fãs. E Silveira e Barrinha prosseguiram cantando em dupla por mais oito anos, tendo gravado o último LP no ano de 1982, pela gravadora Xororó.
Com o falecimento do Barrinha em 10/11/1984, vítima de doença de Chagas, Silveira prosseguiu sua carreira musical novamente em dupla com seu irmão Silveirinha. Calcula-se que a dupla Silveira e Silveirinha tenha gravado aproximadamente 45 LP's, além de 9 "compactos", ao longo de 30 anos de carreira, intercalados com a volta da dupla com o Barrinha.
Em 1966, Silveira e Silveirinha gravaram “Alma vazia”, de Nicanor Silveira e Silveirinha, “Ciganinha”, de Silveira e Osvaldo Ramos, e “Duas almas”, de Silveira, Silveirinha e Osmar Rézio. Nos anos 1960 a dupla se apresentou na festa da Trindade em Goiás, cantando para quase 150 mil pessoas. A música “Berrante da Madalena”, do radialista Faísca, teve grande repercussão junto ao público.
Outras músicas de destaque foram “Beija-flor das penas verdes”, de Brejão, “Berrante da meia-noite”, de Seresteiro e Claudino Vieira, e “Beira da praia”, de Nicanor Silveira e Silveirinha. A dupla Silveira e Silveirinha gravou aproximadamente 45 LPs e nove compactos em 30 anos de carreira.
Com a morte de Silveirinha, Silveira segue a carreira, formando nova dupla com o irmão Nicanor. Em 1997, a nova dupla gravou o CD “Os irmãos Silveira”. Neste LP destacam-se “Esquecer nunca mais”, de Paraíso, e “Gaivota mensageira”, de Silveira e Joel Garcia. Entre seus LPs estão “Hoje está fazendo um ano” e “Na beira da praia” lançados pela Continental.
Obs.: As informações contidas no texto desta página são originárias principalmente do Livro de Rosa Nepomuceno "Música Caipira - Da Roça Ao Rodeio", do Livro de Ayrton Mugnaini Jr. "Enciclopédia das Músicas Sertanejas", da Revista Viola Caipira, do site Dicinário Cravo Albin de Música Popular Brasileira, do site Boa Musica Ricardinho e Bau do Longplaying.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Adeil e Sério Motta

Adeil e Sérgio Motta (CANLP 10105) CapaAdeil e Sérgio Motta (CANLP 10105) Contra-Capa

  1. Dois Corações (Dutra e Luciara)

  2. Caminhos do Mundo (Luciara e Aldo Faitorone)

  3. Buscando a Felicidade (Tupy e Tapuã)

  4. Resposta do Fuscão Preto (Dutra e Aldo Faitorone)

  5. Herança da Desilusão (Dutra e Luciara)

  6. Coisas Reais (Souza Gomes e Sérgio Motta)

  7. Volte Querida (Sérgio Motta e Zezinho Faitorone)

  8. Esqueça (Adeil e Sérgio Motta)

  9. Amor e Segredo (Derly)

  10. Poltrona 7 (Joysson Almada e Sérgio Motta)

  11. Espelho (Sérgio Motta e Edmar Paro)

  12. Luz do Meu Caminho (Dutra e Luciara)

Este álbum acredito ser o primeiro de dois Lps que a dupla Adeil e Sérgio Motta; o segundo foi gravado em 1986.

Em 1986, Adail e Sérgio Motta estiveram em Bauru fazendo lançamento do LP "Alma Gêmea" nos programas sertanejos da Bauru Rádio Clube. Fizeram algumas apresentações aqui pela região, foram embora e nunca mais ouvi falar da dupla. Tratava-se de uma dupla com estilo misturando Milionário e José Rico com Duduca e Dalvan; talvez até meio parecido com João Renes e Reny, mas uma ótima dupla.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Opinião do Tunico da Viola

Quem sou eu prá discordar do José Hamilton Ribeiro, mas... sou atrevido. Eu digo que ainda vai ser feita muita moda RAÍZ

daquelas que falam da paióça, do fogão de lenha, das galinhas ciscando no terreiro, da agua da mina, do sol e das estrelas. É só os compositores atuais, assim como Tião Camargo, estarem vivos que tudo isso é motivo prá moda boa, e olha que ainda deve durar um bocado de ano, um dia pode até diminuir, mas na minha opinião leva tempo. Só nisso que discordo do grande repórter.

Conheça os sites abaixo:

www.raizcaipira.com.br

José Hamilton Ribeiro “A música caipira é um tesouro cultural”

Fonte: www.almanaquebrasil.com.br    - junho de 2007

Para falar das caipirices do País, convidamos o mais importante dos nossos repórteres. Aos 70 anos, Zé Hamilton continua à toda. Além de nos trazer achados do campo no Globo Rural, do qual é repórter há 26 anos, lançou recentemente o livro Música Caipira - As 270 maiores modas de todos os tempos. Figura ímpar, este vencedor de sete prêmios Esso é pessoa simples. E espirituosíssima. Faz piada até com o trágico acidente que lhe amputou a perna: “Mais difícil do que ser repórter com uma perna só é ser repórter com quatro”.


O que é ser jornalista?

Segundo a lei atual, jornalista é quem fez escola de Comunicação. Para mim, jornalista tem que ter qualquer diploma de nível superior. É preferível que tenha quatro anos de universidade, por pior que ela seja, do que ser analfabeto. Tem que estar preparado. É uma profissão delicada, envolve política, liberdade de expressão.

Do que precisa um jornalista para ser bom?

Vocação, como em qualquer outra profissão. As escolas de Jornalismo de hoje é que não são boas. Mas, se for para fechar as escolas ruins, deve-se começar pelas de Medicina, depois as de Engenharia e por fim as boates, que são as faculdades de Direito. Eu mesmo fiz Direito numa cidade a 500 quilômetros daqui sem ter ido a nenhuma aula. E ainda fui o orador da turma!

Ainda lhe fazem muitas perguntas sobre a cobertura da Guerra do Vietnã?
Em Santa Catarina, fui convidado para fazer uma palestra em uma reunião anual de amputados. Não sabia o que falar, então contei que, depois do acidente, fui para o hospital. Uma das enfermeiras simpatizou comigo, passava a mão no meu cabelo, me consolava. Lá pelo terceiro dia, comecei a ter ereções permanentes. Ficava pensando no meu constrangimento se ela esbarrasse naquilo quando fosse me tomar a temperatura. Eu morreria de vergonha. Contei a situação para o médico. Ele explicou que, por eu ter perdido a perna, estava tendo uma reação comum, momentânea. A cabeça demora a entender a perda e continua jogando sangue lá pra baixo. “Então, doutor, me dê o seu cartão, porque daqui a 50 anos, coisas da idade, talvez eu precise que o senhor me arranque a outra…”

Fiz Direito numa cidade a 500 quilômetros daqui sem ter ido a nenhuma aula. E ainda fui orador da turma!

Há quanto tempo você está no Globo Rural?

O programa tem 27 anos. Estou lá há 26. Era diretor de um jornal de Campinas quando fui para a Globo. Achava que estava arrasando. Um dia, a Ponte Preta veio jogar em São Paulo. Depois do jogo, fui ao vestiário, onde, no meio daquele monte de jogador pelado, encontrei Conceição, torcedora-símbolo da Ponte. Assim que ela me viu, abriu aquele sorriso: “Mas doutor Hamilton, o senhor trabalhava num jornal tão bom em Campinas, e agora está fazendo um programa de tomate?!”. Que figura… O Globo Rural é um dos maiores telejornais do Brasil. O ibope fica entre 14 e 15 pontos. E isso na cidade de São Paulo - tem cidade do interior em que a audiência é muito maior. É um telejornal voltado para o homem do campo, não fica só nos detalhes técnicos. Fala do jeito que o homem do campo vive, da sua música, sua dança, sua comida, seu lazer, e até das suas patifarias.

Continuar lendo…

Zé Mulato e Cassiano (1978) Interpretam sucessos de Zé Carreiro e Carreirinho

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Primeiro Disco de Zé Mulato e Cassiano (1978)

Os dois são irmãos e nasceram em Passa Bem, sul de Minas. Cassiano optou por sobreviver apenas de música. Principal compositor da dupla, Zé Mulato vive há 29 anos em Brasília, 25 deles dedicados ao trabalho de segurança na Câmara dos Deputados, onde afirma, encontra “inspiração e argumento” para temperar suas composições, recheadas de humor e crítica.

Neste disco, a música de abertura "Ai amor" é a que mais me agrada. Mas tem pra todo gosto. Cururu, Toada, Moda de Viola e Pagode, claro.

1) Ai amor - Carreirinho
2) Remorso - Carreirinho
3) Ranchinho de taquara - Carreirinho
4) Peão boiadeiro - Carreirinho
5) Sertanejo solitário - Carreirinho/Zé Carreiro
6) Caminhão de pinga - Zita Carreiro
7) Viva quem ama - Carreirinho
8) Viajando à cavalo - Carreirinho/Zé Pinhão
9) Bouquet de flores - Carreirinho/Zé Carreiro
10) Carreiro Sebastião - Carreirinho
11) Os quatro espíritos da pinga - Zita Carreiro
12) Duas cartas - Carreirinho/Zé Carreiro

Qualquer interessado na música brasileira e especialmente na caipira tem a obrigação de ouvir essa pérola.

Ps: Pra comprar os Cd`s da dupla, acessem o site oficial:

http://www.vbseventos.hpg.ig.com.br/zemulato_cassiano.htm

Bom Proveito !

Clique Aqui para baixar (Download AQUI)

Fonte: www.acervoorigens.com

Zé Mulato e Cassiano (Brasa Viva) 1979

Esse é o segundo disco dessa dupla sensacional que posto aqui no blog. Junto com o outro disco, tem um pequeno texto  sobre os dois. Zé Mulato e seu irmão, Cassiano, formam uma das mais importantes duplas caipiras em atividade no Brasil. Seus verdadeiros nomes são José das Dores Fernandes (Zé Mulato) e João Monteiro da Costa Neto (Cassiano).
Abaixo, um vídeo com a dupla, produzido pelo Acervo Origens durante o Projeto Um Brasil de Viola.
Eles nasceram em Passabem, Minas Gerais, e muito novos vieram morar em Brasília. Aqui, aprofundaram o conhecimento na música caipira, e hoje representam uma resistência à música sertaneja, que bebe nas fontes caipiras, porém com o mesquinho intuito de ganhar muito dinheiro.
Apesar de serem reconhecidamente uma das maiores expressões dessa resistência, Zé Mulato e Cassiano são generosos com as duplas sertanejas brega-mercantis, afirmando que, mesmo sem querer, uma hora ou outra, aparece um sentimento verdadeiro, que se transforma em uma mensagem que é expressão da alma, no meio de tanta baboseira, fama e dinheiro. Além disso, eles não se vangloriam pela resistência que representam; pelo contrário, mostram-se humildes. Porém, são conscientes do lugar que ocupam, e revelam isso com bom humor, como quando Cassiano, no Programa Viola Minha Viola, da TV Cultura, no momento em que foi falar da dupla, soltou: Nóis é meio suspeito, porque nóis é fã de nóis também, né? Quando indagados sobre o resgate da música caipira pelos novos violeiros, em entrevista concedida a Fernanda Mendes em 2009 (pode ser acessada aqui - http://www.com.ufv.br/pdfs/tccs/2009/fernandamendes.pdf), Zé Mulato respondeu: Para começar a música sertaneja não precisa de resgate porque ela nunca se perdeu. Você só resgata o que foi perdido. A música sertaneja de verdade, música de raiz, nunca se perdeu. Perderam-se brasileiros sem nação que começaram imitar americano e esqueceram de ser brasileiros. Esses que têm que ser resgatados.  A música continua viva, firme e forte. Os irmãos mostram, também, que ser caipira não é ser ingênuo, e que a caipirice deles é por amor e compromisso, coisa rara hoje em dia. Sobre fama e dinheiro, Zé Mulato disparou também no Viola Minha Viola: As gravadoras queriam nos bregar. Mas fazemos questão de conservar nosso purismo. Não quero ser sofisticado, e podem me chamar de conservador neste sentido. Modernizar, para mim, é aprender mais e tocar melhor. As letras mostram que ser caipira é uma opção, não é matutismo ignorante. Elas falam de humor, paixão e protesto. Tem até gozação com uma dupla que falou que éramos quadrados. Fazemos o que gostamos. Ficar com um pé lá e outro cá é prostituição cultural. Pois então, há tão pouco para falar, porque eles mesmos dizem tudo.


1979 - Zé Mulato e Cassiano Lado A


1- Amigo da onça (Zé Mulato e Tião do Carro)

2- Quem cria cobra (Zé Mulato)

3- Rio Corumbá (Zé Venâncio)

4- Sincero convite (Zé Mulato e Cassiano)

5- Nobre senhor (J. Oliveira)

6- Meu lamento (J. Oliveira)



Lado B



1- Brasa viva (Zé Mulato e Tião do Carro)

2- O caçador (Moacir dos Santos e Jacózinho)

3- Coisas da minha terra (J. Oliveira)

4- Coração de madeira (Zé Mulato)

5- Murro em ponta de faca (Carreirinho e J. Oliveira)

6- Tarde no sertão (Zé Mulato)


Postagem original do site http://www.acervoorigens.com/

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Trio Sul a Norte (Jacaré, Basílio e Espiguinha)

Trio Sul a Norte 2

Em 1955, realizaram sua primeira gravação pela Mocambo, interpretando com o Capitão Furtado a valsa prece "Ave-Maria do sertanejo", de Espiguinha e Ariovaldo Pires, e com os Serenateiros a valsa canção "Sentimento sertanejo", de Miguel Leuzzi.
Em 1956, gravaram pela Mocambo, de Ariovaldo Pires e Xerém, o xote pilão "Soca paçoca" e, de Ado Benatti e Ângelo Pedron, a toada "Boi criminoso".
Em 1957, gravaram de José Fortuna a guarânia "Nas águas do rio" e, de Espiguinha e Jaguaré, o corrido "Boiadeira do sul". Em 1958, gravaram de Ariovaldo Pires o rasqueado "História do Jorginho" e, de Ariovaldo Pires e Sílvio Toledo, a toada "Caboclo, soldado da terra".
O Capitão Furtado participou do disco, fazendo declamação. No mesmo ano, gravaram de Espiguinha e José Fortuna, a guarânia "As duas sombras".
Em 1960, gravaram de Gauchão e Vicente Lia o baião "Despedida" e, de Anacleto Rosas Jr. e Arlindo Pinto, a toada "Ranchinho da baixada".
Em 1961, gravaram de Valter Amaral e Ado Benatti o tango "Vai, saudade" e de Anacleto Rosas Jr. e Luís Rosas Sobrinho, o tango "Lua cheia".
  1. Carro de Boi Assassino (Ariowaldo Pires e Orlando Puzone) 1954

  2. Obrigado Sertanejo (Ariowaldo Pires) 1954

  3. Ave Maria do Sertanejo (Esguinha e Ariovaldo Pires) 1955

  4. Sentimento Sertanejo (Miguel Leuzzi) 1955

  5. Boi Criminoso (Aldo Benatti e Ângelo Pedron) 1956

  6. Soca Paçoca (Ariowaldo Pires e Xerém) 1956

  7. Boiadeiro do Sul (Espiguinha e Jaguaré) 1957

  8. Nas Águas do Rio (José Fortuna) 1957

  9. História do Jorginho (Ariowaldo Pires) 1958

  10. Caboclo Soldado da Terra (Ariowaldo Pires e Sílvio Toledo) 1958

  11. Boiadeiro Amigo (Jaguaré e Basílio) 1958

  12. Gaúcho Independente (Ado Benatti e Jeca Mineiro) 1958

  13. Canoa de Canela (Jaguaré-Setimo Dalmazzo) 1960

  14. Santa Filomena (Guilherme Bonano e Ado benatti) 1960

  15. Lua Cheia (Anacleto Rosas Jr. e Luiz Rosas Sobrinho) 1961

  16. Vai Saudade (Walter Amaral e Ado Benatti) 1961



Nós havíamos postado este álbuns, mas sem a foto, enviada hoje por magnesitasena@yahoo.com.br. Obrigado!
A postagem anterior foi deletada. Quem já havia baixado, basta copiar a capa, pois o link é o mesmo.

domingo, 17 de outubro de 2010

Michelle e Karoline "As Caboclinhas de Botucatu"

Michelle e Caroline na apresentação da segunda fase do Festival Sertanejo de Domélia quando conquistaram o 4º lugar. Uma ótima colocação considerando o nível do Festival. O Primeiro lugar ficou com Zelão e Silva Canhoto de Águas de Santa Bárbara; o segundo lugar com João Pedro e Gabriel de São José do Rio Preto; terceiro lugar Adriano Reis e Cuiabá também de Rio Preto; quarto lugar Michelle e Caroline de Botucatu; quinto lugar Irmãos Caipiras de Cabrália Paulista.

Michelle e Caroline 01

Michelle e Caroline 02

 PDVD_030 Apresentação no programa Amigos da Viola do Dito Leite

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Primeiro Lugar no Festival de Laranjal Paulista

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Segundo Lugar no Festival de Porangaba

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Segundo Lugar no Festival de Tietê

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Primeiro Lugar no Festival de Conchas

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Segundo Lugar no Festival de Taguaí

Histórico da Dupla Michelle & Karoline – Botucatu-SP.

Foi numa manhã de julho de 2008, numa Roda de Viola na Rádio PRF-8 de Botucatu, através do agora padrinho das moças, o Ramiro Viola, que elas se conheceram e foi amor a primeira vista...

Karoline, a caboclinha violeira, como era carinhosamente chamada, seguia carreira solo, e foi se apresentar na rádio naquela manhã a convite do Violeiro Matuto, Ramiro Viola. Michelle, amiga de Ramiro há tempo, foi assistir a apresentação dos violeiros e, na oportunidade apresentou-a para Karoline. Papearam um pouco e trocaram número de telefones, após o convite da Michelle para fazerem uma missa sertaneja juntas. A partir daí não mais se separaram. Hoje, além de dupla, são também madrinha e afilhada, as duas católicas. Michele crismou Karoline, e as duas seguem mais unidas do que nunca, como dizem sempre, a Viola une as pessoas... E as uniu... Com toda a força.

Michele Rosa Dellegues, nasceu em Botucatu. Começou a fazer seus primeiros acordes no violão aos 11 anos, incentivada pelos pais que vieram do sítio e o ensinamento de sua mãe de nunca esquecer ou negar as suas origens, nem se alhear de suas raízes. Por vocação sempre ouviu com seu pai e cantarolou músicas caipiras. Começou a cantar e tocar na igreja de Santa Terezinha, onde até hoje participa da Pastoral da Música nas missas, junto com Karoline. Depois de um tempo ausente de Botucatu, volta pra cidade raiz, agora com seu pequeno Gabriel, hoje com seis anos, onde encontra os amigos, entre eles, o velho amigo Ramiro Vióla, que volta a incentivá-la a voltar a cantar. “Cada um tem que desenvolver na terra os talentos confiados pelos céus” – ele sempre repete.

Ana Karoline Beneditti, 16 anos e um talento especial, dona de uma voz doce, e um dom incrível para tocar. Toca viola e violão desde muito pequena. Sua primeira platéia eram as galinhas (sempre diz entre risos), e sua primeira violinha foi comprada através da venda de latinhas, e com a ajuda do seu querido e saudoso avô.

Nascida em Botucatu, essa caboclinha como ainda é chamada, vive num sítio cercado das recordações caboclas do avô, que deixou coleções de fitas, discos de vinil, vitrolas... tudo do mais puro sertanejo raiz.

Por tudo isso, e muito mais, essas meninas tem defendido nossa moda raiz. Com dois anos de dupla, vem sempre se destacando nos festivais de modas sertanejas da região.

Fãs de Leide e Laura, Juliana Andrade e Jucimara, As Galvão e Inezita Barroso, por seus trabalhos e pela dura batalha por serem mulheres vitoriosas nesse ramo. Além de imensa admiração por violeiros renomados como Ramiro Viola e Pardini, Tião Carreiro & Pardinho, Goiano & Paranaense, Tonico e Tinoco, entre tantos nomes que as incentivaram e incentivam seu maravilhoso trabalho.

O agradecimento especial da dupla sempre é dedicado ao padrinho Ramiro Viola, o maior incentivador. Também ambas são muito gratas à família, pelo apoio sempre presente e que acompanham a dupla por onde for. Há espaço em seus corações também para o professor e amigo Valdir Luis, que tanto acredita no talento delas. Acima e além de tudo, são gratíssimas a Deus por tê-las colocado uma no caminho da outra, e tem proporcionado tanta força e alegrias. O mesmo Deus que dá o dom é o que faz o sucesso acontecer. Assim ocorre com as pessoas que trazem no coração a marca de um destino a ser cumprido.

As meninas acalentam um grande sonho: encontrar pessoalmente Inezita Barroso e gravar o programa Viola Minha Viola, apresentado por ela. Outro grande sonho é também a gravação do 1º cd, e para isso estão se aprimorando cada vez mais na viola, violão e voz. E ainda mais: já arriscam, com muito critério, compor suas próprias músicas. A primeira moda que compuseram juntas: - “Natureza Esquecida”, conquistou o terceiro lugar, no Poranganejo – Festival de Musica Inédita Sertaneja Raiz de Porangaba em setembro de 2009. Além disso, por terem começado a participar de festivais de modas inéditas, estão em contato com compositores e encontram belíssimas canções.

Fonte: Michelle Dellegues

Contatos:

Michelle – Botucatu-SP.

michelleekaroline@gmail.com

[14] 3815-7310 / 9764-1832.

É a mulher provando seu valor... É o sertanejo raiz mostrando sua força nas vozes dessas meninas, ganhando cada vez mais espaço para comprovar que a Viola é sempre uma poderosa arma ... DA PAZ.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Comentário do Tunico da Viola sobre o recado "desabafo" meu e da Sandra do Recanto Caipira

Boa tarde ! concordo plenamente com tudo que foi dito, e está certíssima a Sandra. E muitas vezes pessoas que recolhem verdadeiras raridades, sem noção nenhuma da importância do material que tem a mão. Parabenizo você Tião e todos que disponibilizam seu acervo, mas que situações como essa só chateiam, é os "tais" que só querem levar vantagem, e nesse universo da internet, tem gente prá tudo, infelizmente isso só desgosta quem faz algo sério para resgatar essas raridades.

Comunicado do site Recanto Caipira

COMUNICADO:

Gostaria de agradecer a todos os visitantes que por aqui passam diariamente em busca de informações sobre o universo caipira.

Há dois anos, quando este site foi criado, a finalidade seria tornar-se um livro virtual de histórias e resgate da genuína cultura caipira, e hoje graças a Deus posso dizer que este sonho vem sendo realizado. Posso dizer que o Recanto Caipira tem sido o centro de pesquisas para diversas faculdades, radialistas e apreciadores da música sertaneja de raiz.

Fico feliz quando recebo e-mails e ligações me parabenizando pelo meu trabalho.

O Recanto Caipira é resultado de um longo trabalho de pesquisa realizado por mim durante 30 anos, onde pude contar com a colaboração de muitos amigos, e faço questão sempre de citar os nomes dos meus colaboradores, por consideração e respeito à participação de cada um.

Mas infelizmente nem tudo é flores, e venho neste momento fazer uma denúncia, pois algumas pessoas tem se aproveitado do meu trabalho para tentar se fazer em cima dele, tentando fazer fama usando chapéu alheio. É o que tem feito o cidadão EDMILSON APARECIDO" do blog "universoemcancao.blogspot.com", que copiou parte das matérias do Recanto Caipira, usando imagens de minha propriedade sem ao menos citar a fonte de onde foi tirada.

Quero comunicar que nada tenho contra que utilizem o meu trabalho, pois afinal está exposto publicamente, e a real intenção é que seja fonte de pesquisas, desde que sejam respeitada a sua autoria.

Portanto denuncio este cidadão por violação de direitos autorais, pois todo material aqui exposto é registrado e tem seus direitos reservados por lei. Apelo para que seja feita justiça: que ele cite a fonte, respeitando os meus direitos, pois do contrário serei obrigada a entrar com recursos da lei.

Deixo bem claro, que todo material exposto aqui é livre para quem quiser utilizar, mas desde que se respeite sua autoria.
Um grande abraço a todos.

Sandra Cristina Peripato.

Site Recanto Caipira

Nós do blog Saudade Sertaneja, constantemente utilizamos matérias de outros sites blogs, principalmente dos sites Recanto Caipira e Boa Música Brasileira de nossos amigos e colaboradores Sandra Cristina e Ricardinho, respectivamente, jamais sem citar as referidas fontes. Independentemente da legalidade de citar a fonte, entendo como eticamente incorreto essa prática tão comum no Brasil, por isso apoiamos totalmente o manifesto da Sandra.

Nessa lista, incluímos também aqueles que se utilizam de material intelectual sem citar o(s) nome(s) do(s) autor(res), principalmente na área musical. Tenho recebidos diversos links de álbuns sertanejos solicitando postagem aqui no blog, mas sempre verifico antes de postar se constam todas as informações necessárias; do contrário, não postamos.

Em meu nome e em nome de todos os autores e compositores brasileiros, peço que façam boicotes a esses sites e blogs. Eu, particularmente, vou começar retirando qualquer menção e/ou link daqueles que, a partir de agora, omitir nomes de autores e/ou compositores.

Defendo ainda que as gravadoras e produtoras coloquem os nomes dos músicos, de forma bem legível, nas capas de todos os discos lançados, pois, sem eles, principalmente, não haveria música. Cantar, principalmente hoje em dia que contamos com ajuda tecnológica, não é nada difícil; basta saber gemer um pouquinho de forma mais ou menos afinada que o computer se encarrega do resto; difícil mesmo e fazer música e tocar. Muito mais difícil ainda e fazer música, tocar e cantar ao mesmo tempo.

Tião Camargo

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Duo Glacial (Amor Distante)

Duo Glacial I Duo Glacial II Duo Glacial III

Gentileza do nosso Amigo e Colaborador Walter Quederoli, o Mocotó de Santo André. Obrigado, Mocotó!

Infelizmente, não temos o ano de gravação

Contato para shows:
Falar com José Servan:

(16) 3322-0765

(16) 9725-3539

Ou por e-mail:
violeirodouniverso@hotmail.com
cervanproducoes@hotmail.com

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Miguel Servan Vidal, nascido em Mirassol-SP no dia 01/01/1936, e Ana Servan Vidal, nascida em Onda Verde-SP no dia 15/12/1941, integram o famoso "Duo Glacial" que, na década de 1960, conseguiu a vendagem de mais de um milhão de discos com a belíssima música "Poeira" (Luiz Bonan e Serafim Colombo Gomes). (Por ironia e por erro ortográfico, o Servan dos irmãos Miguel e Aninha começa com a letra "S", enquanto que os demais irmãos e familiares possuem o sobrenome Cervan registrado corretamente).

Miguel e Aninha já cantavam desde cedo, sendo que Aninha, com apenas 12 anos, venceu um concurso num circo que passava pela região. E, em 1955, com o nome "Irmãos Cervan", a dupla começava a se apresentar na Rádio Cultura de Araraquara-SP.

Em 1956, os irmãos decidiram tentar a carreira artística em São Paulo, onde foram morar no bairro Tucuruvi, na Zona Norte. E foi nesse bairro que Miguel e Aninha conheceram o já renomado compositor José Fortuna, que os convidou para participar do programa "Onde Cantam os Maracanãs", que ia ao ar pelas ondas da Rádio Piratininga.

Três anos depois, Miguel e Aninha adotaram o nome artístico de Duo Glacial, o qual foi sugerido por José Fortuna. Sucederam-se apresentações nas Rádios Tupi, Nove de Julho e Nacional de São Paulo e, ainda em 1959, o Duo Glacial gravou seu primeiro disco 78 RPM, com a canção rancheira "Orgulho" ( José Fortuna) e a valsa "O Amor e a Rosa" (José Vidal e Piraci), pelo selo Sertanejo. E, nos programas de rádio, a vinheta que os anunciava dizia: "Apesar do nome frio, a voz é quente..."

Vieram depois mais dois discos 78 RPM: em 1960, o rasqueado "Si Queres" (João Vidal) e a Rancheira "Desde que o Dia Amanhece" (Pepe Guizar e José Fortuna), pelo selo Sertanejo. E, em 1961, o tango "Reconciliação" ( Zé do Rancho e Ado Benatti) e a canção rancheira "Traição" (Francisco Lacerda), pelo selo Sabiá.

E foi em 1967 que o Duo Glacial conquistou o primeiro lugar no Primeiro Festival Sertanejo da Rádio Nacional com a interpretação da belíssima toada "Poeira" (Serafim Colombo Gomes e Luiz Bonan). No ano seguinte, a dupla recebeu também o Troféu Cornélio Pires e gravou um LP no qual foi incluída a música vencedora.

"Poeira", na verdade, havia sido eliminada na primeira fase; Luiz Bonan, no entanto, fez algumas mudanças na letra e a composição foi classificada para a final. E é sucesso até hoje, essa belíssima página musical que tão bem homenageia o interior paulista.

Em 1970, o Duo Glacial participou do filme "Sertão em Festa", estrelado por Tião Carreiro e Pardinho, Simplício, Saracura, Nhá Barbina, Francisco Di Franco, Marlene Costa e Clenira Michel, com músicas de Tião Carreiro e Pardinho, Duo Glacial, Mariazinha e Zenilton, Luiz Gomes e também os Catireiros de Sorocaba e Piracicaba. O filme contou com a direção de produção de Sergio Ricci (assistido por Enzo Barone), roteiro de Osvaldo de Oliveira e Enzo Barone e estória original de Cornélio Pires. A direção esteve a cargo de Osvaldo de Oliveira.

No mesmo ano de 1970, o Duo Glacial lançou um LP com 12 composições de autoria de João Pacífico (ocasião na qual Brás Baccarin era diretor artístico da Chantecler/Continental), o qual, para nossa felicidade, foi remasterizado em CD pela Warner em Maio de 2000 na "Coleção Raízes da Música Sertaneja - Duo Glacial em Homenagem a João Pacífico". Esse disco, de um certo modo, "redescobriu" esse grande poeta e compositor.

Quero destacar a belíssima interpretação de "Gostinho de Saudade" ( João Pacífico e Piraci), composição que me emocionou bastante com sua letra falando sobre um gostoso café, a fazenda, o torrador, a moenda, o interior de São Paulo e a saudade...

A partir desse excelente disco, João Pacífico passou a ser chamado para entrevistas e participações em programas de televisão, além de ser freqüentemente regravado e também reconhecido pela imprensa.

Participações no circo também fizeram parte da carreira artística do Duo Glacial. Num desses diversos circos, a Companhia Teatral Circense, Mariazinha e sua filha Noeli eram as estrelas juntamente com Bueno Filho, Jair Roberto, além de Miguel e Aninha, integrantes do Duo. Eram encenadas peças teatrais tais como "A Vingança do Lavrador" e "O Lavrador Não é Covarde" que, apesar de serem consideradas como "dramas", também arrancavam gostosas gargalhadas da platéia que se divertia com o personagem Chico, que era representado por Ivo Rodrigues.

Merece ser lembrado que Mariazinha e sua filha Noeli eram respectivamente esposa e filha do Zé do Rancho. Noeli e seu esposo Xororó (da dupla com Chitãozinho) são os pais de Sandy e Junior.

E Aninha, por motivos particulares, em 1974, afastou-se do Duo Glacial e, em seu lugar, quem passou a cantar juntamente com Miguel foi Maria Vieira da Silva, foi Mariazinha, ex-esposa e que também já cantou em dupla com Zé do Rancho. Lembrar que Mariazinha havia deixado de cantar com Zé do Rancho em 1972, dois anos antes de integrar o Duo Glacial.

Foi mantido o nome "Duo Glacial" que, com a nova formação, gravou já em 1975 o LP "Eterna Lembrança", pela Continental. Seguiram-se mais três LP's, com o "Duo Glacial" composto por Miguel e Mariazinha.

Algum tempo depois, Mariazinha decidiu encerrar sua carreira artística e, em 1983, Aninha voltou a integrar o "Duo Glacial" juntamente com seu irmão Miguel. E é dessa forma como conhecemos na atualidade o "Duo Glacial", que prossegue fazendo shows e realizando gravações, além de participar de programas de TV, contando boas histórias de caipiras e cantando com a mesma voz "nada gelada" dos bons tempos do Rádio!

Texto: Sandra Cristina Peripato (Recantocipira.com.br)

Fonte: www.boamusicaricardinho.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os Valetes (1976)

os Valetes

01 - Apenas Um Pecado (Goiá e Zé Claudino)

02 - Baião das Marias (Oswaldo Mendes e Ulpiano)

03 - Chuvisco da Madrugada (Goiá)

04 - Dois Valetes (Serrinha)

05 - Ingratidão (Pião de Ouro e Ulpiano)

06 - Madrugada (Romerin)

07 - Meus Tempos de Criança (Ataulfo Alves)

08 - Na Ponta do Reio (Anacleto Rosas Jr.)

09 - Sina de Artista (B.A. Xavier e Galocha)

10 - Também Sou Filho de Deus (Potyguar e Zamboni)

11 - Terra Que Canto (Luiz Menezes)

12 - Vendedor de Saudade (Athos Campos)
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domingo, 3 de outubro de 2010

Irmãos Falseti (1961)

Irmaos-Falsetti---Destino-d01 - Adeus Aurora (Adir Falseti e Pernilongo)

02 - Destino de Violeiro (Arlindo e Athaide Falseti)

03 - Maltrapilho (Zé Claudino e Armando)

04 - Morena de Araraquara (Sulino e Moacyr dos Santos)

05 - Morrerei Sem Teu Amor (B. Amorim e B. Cardenalli)

06 - Não Te Perdoo (Athaide Falseti e Marrueiro)

07 - Preto de Araque (Athaide Falseti e Guatambu)

08 - Remorso de Boêmio (José Pereira Dias e Benedito Falseti)

09 - Traição do Amor (Pinguim e Floriano) - Irmãos Falseti

10 - Vagando ao Léu (Mauro Mondoni e José R. Pintor)

11 - Vai Querida (Leôncio e Leonel)

12 - Volte Querida (Oswaldo Aude e Carreteiro)


Faixa Extra

13 - Vou Buscar a Mineira (Miltom Aguiar)




A dupla é formada por Benedito Falsetti e Aconcilio Falsetti, ambos nascidos em Itajau – SP. A primeira oportunidade que tiveram em rádio, foi na Rádio Cultura de Bariri. Depois, foram para as Rádios Bauru Rádio Clube e Auriverde de Bauru. Também passaram pela Bandeirantes e Nove de Julho, as duas de São Paulo.


Os Irmãos Falseti, irmãos do grande e saudoso Athaíde Falseti, hoje moram aqui em Bauru. Vez ou outra, eles ainda cantam umas modinhas prá gente, mas, proficionalmente, deixaram de cantar há muito tempo.


Athaíde Falseti, falecido no começo dos anos 90, compôs alguma belas páginas musicais, entre elas "Peão Disposto" gravada por Leôncio e Leonel em 1967 e "Minha Prece" gravada por Ely e Eloy, em 1976.


"Curiosamente" a música "Minha Prece" foi gravda por Peão de Ouro e Rei do Laço com o nome de "O Mapa do Brasil" e por Peão de Ouro e Pardinha com nome de "Mapa do Estado", trazendo como compositores o Sargento Juarez Miranda e o Peão de Ouro.